quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

EDITORIAL

As reclamações, pertinentes, diga-se de passagem do povo estão a cada dia mais acentuadas em todos os segmentos sociais, comerciais e políticos. O povo brasileiro está descobrindo o seu direito ao respeito e está usando isso, mesmo que de forma ainda tímida, com muita decisão. Isso só colabora para a solidificação da democracia social e política em nosso país. Não podemos rezar sob uma cartilha de democracia política enquanto socialmente vivemos sob o tacão de uma ditadura econômica e social. Vamos implantando a maneira de agir corretamente e exigir com rigor o cumprimento dos nossos direitos.
Ao estado cabe se policiar nos excessos de poder e  em  aprimorar o cumprimento de suas obrigações fundamentais. O Estado tem que se colocar tão somente como agente facilitador de oportunidades para o desenvolvimento do país, cumprindo suas obrigações constitucionais com a maior presteza e correção possíveis. O povo não exige nada mais que isso. Não podemos por fim aos crimes e aos desmandos, somente pela dialética. Não adianta chamar de malfeito um crime, nem de chamar de comunidade uma favela, de taxa de sucesso uma comissão ilegal, um criminoso menor de menor infrator e outras “soluções” encontrados quando não se tem a competência de resolver os problemas. É muito difícil isso ninguém pode negar, mas é fundamentalmente necessário que sejam tomas as providencias para essas soluções, sem maquiagem, sem perfumaria e sem dialética, ou melhor ainda, uma dialética hegeliana, onde se busca continuamente resolver as oposições entre cada tese e sua antítese.
Não podemos deixar extrapolar ao controle, coisas e fatos que poderiam ser evitados com ações muito mais efetivas e baratas. Vou citar um exemplo comum de direito e obrigação, onde a confusão campeia e poderia ser evitada com informações mais objetivas.
Um Perito Médico do INSS em Blumenau (SC),  mesmo antes de iniciar a perícia em um cidadão, foi agredido e ameaçado de morte, pelo simples fato de ser Perito Médico de um Órgão Público, que tem como escopo garantir o bem estar desse povo. A coisa está tão mal informada que a população vê os servidores públicos como agentes de defesa de um estado incompetente e cruel. Há de se informar e formar opiniões para passar para a população que o Servidor Público, nesse caso, Perito Médico, está ali para constatar e atestar um fato e não pra criar vantagens para as partes. Nem para o estado nem para o cidadão. Há de se resgatar a confiança entre cidadãos e estado, sem o que o risco de um rompimento seria (será) inevitável. Rompido o tecido social, não há mais estado, nem direito, nem obrigação, Só existirá o caos. É isso que queremos evitar. Vamos conseguir ?

Nenhum comentário:

Postar um comentário