O INSS foi uma “invenção” do regime militar, logo após o golpe de 64. Sob o mote de atender a todos sem distinção e com extensão. Foram fundidos todos os Institutos de Aposentadorias de todas as categorias de trabalhadores, criados em 1930 por Getúlio Vargas.
Cada segmento laboral produtivo mantinha e gerenciava o Instituto de Previdência Social e Aposentadoria de seus trabalhadores. Esse é um sistema auto sustentável, onde quem aplica o seu orçamento são os próprios interessados por intermédio de uma direção, eleita democraticamente. Cada categoria administrava o seu e tinha autonomia para fazer convênios e acordos com quem melhor os atendesse. Era o seu dinheiro aplicado em seu benefício direto. De repente, vieram os iluminados Robin Hoods e tiraram de quem tinha para dar a quem não tinha. Isso em tese.
Na verdade, somaram o bolo arrecadador para ter um meio de tirar o dinheiro do trabalhador para aplicar em outros setores sem ser notado, devido ao grande volume de dinheiro arrecadado. Pra se ter uma idéia, o Ministério da Previdência Social é o ministério com o maior orçamento entre todos os outros. Já o retorno...
O uso desse dinheiro é que não é bem explicado até hoje. Os mais antigos e os interessados em história previdenciária brasileira hão de se lembrar, por exemplo, do IAPB – Instituto de Aposentadoria e Previdência dos Bancários. Era completo, com ótimos hospitais, atendimento médico diferenciado, aposentadoria integral, etc.etc.
Sob a alegação de que nem todos poderiam ter o mesmo padrão de gestão e arrecadação, vieram os salvadores da pátria e acabaram com o que estava dando certo para transformar tudo num bolo só, como na casa onde falta pão que todos gritam e ninguém tem razão. Atendimento péssimo, falta de respeito e evasão de verba do trabalhador brasileiro. A grande pergunta é: Por que não se reinstalar o sistema de auto gerenciamento previdenciário cada um no seu segmento laboral? Outra pergunta: A quem interessa manter o atual modelo ultrapassado e que já se comprovou totalmente ineficiente, pelo menos para o fim a que se propõe?
Taí uma questão para os nossos Deputados Federais iniciarem um questionamento sério e os trabalhadores do Brasil começarem uma luta para reaver o que lhes pertence por direito e por conquista.
Vamos começar uma verdadeira revolução social e previdenciária em nosso país.
Essa é a sugestão. Essa é a esperança.
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