sábado, 27 de outubro de 2012

EDITORIAL



Não podemos parar de falar sobre o julgamento mais importante na história do STF, que é o caso dos acusados do Mensalão. Vamos abordar pela ótica dos Advogados de defesa que buscam a todo custo, uma saída que lhes seja menos traumática profissionalmente, uma vez que a maioria deles acreditava que tudo iria acabar em pizza. Como isso não aconteceu, estão em quase desespero por uma solução “honrosa” para  apresentar aos seus representados. Uns sugerem “condenados políticos”, outros pedem redução da pena , “por relevante valor social” e por ai vão as mais absurdas conjecturas jurídicas. O fato é que jamais se imaginavam réus. Jamais se imaginavam condenados e jamais se imaginavam presos. De agora em diante,  a pena  a ser executada é o que menor valor tem nesse processo histórico pra nós e histérico pra eles. Isso porque, em princípio, defendiam a inexistência do mensalão o que ficou comprovado real. Não imaginavam que a sociedade fosse dar apoio incondicional aos Ministros nesse julgamento e foi o que aconteceu. Imaginavam que todos os Ministros indicados pelo ex-presidente Lula, fossem votar a favor de seus “cumpanheros”. Isso não aconteceu, salvo os votos do Ministro Ricardo Lewandowski e do Ministro Dias Toffoli que, como foi inconfidenciado aqui, tentaram pagar a indicação de seus nomes, com o preço de suas togas. Não pagaram e mantiveram sujas as togas que deveriam honrar. Foi o pior quadro nesse julgamento histórico.
Além do mais, o povo brasileiro está assim, como de alma lavada, vendo que a justiça em seu país está acima das vontades de seus dirigentes, ou a caminho disso. Devemos tirar lições da nossa própria descrença e da nossa própria esperança, esta sempre vencendo àquela. Descrença porque acreditávamos que tudo iria acabar em pizza e assim não foi. Esperança porque nossos magistrados demonstraram a sua independência, coragem e moral para garantir a segurança jurídica do Brasil e dar exemplo para outros países -notadamente os sul americanos – de que a independência entre os poderes é fundamental para um regime plenamente democrático.
Agora cabe a nós, povo brasileiro, completar a faxina iniciada pelo Supremo Tribunal Federal, não votando em políticos sujos de partidos esfarrapados moralmente, para que fato como esse se torne manchete tão gritante nos quatro cantos do mundo.
Afinal, a justiça existe e é para todos e assim não sendo, teremos um regime apelidado de democracia, mas verdadeiramente uma  teoria das elites.
Vamos continuar a nossa busca por melhores dirigentes, até porque, se não participarmos com nosso voto estaremos favorecendo exatamente os que são os maiores interessados: os corruptos, os imorais e os saqueadores do patrimônio público.
Que nos sirva de lição e de aviso o esforço do STF, independente do tempo que cada marginal travestido de político, passará atrás das grades. A condenação moral já os abateu e não os deixará mais em pé. Outros ainda serão devidamente investigados, julgados e receberão as penas que lhes cabem por justiça. Principalmente o chefe. Fim!

Nenhum comentário:

Postar um comentário