quinta-feira, 26 de abril de 2012

EDITORIAL


O estrago que pode fazer a CPMI do Carlinhos Cachoeira é muito maior do que supõe a nossa vã filosofia. Afinal todos os rios estão correndo para a cachoeira de corrupção. Essa, se estende à quase todos os segmentos do governo e de quase todos os partidos políticos. Tem muita podridão a ser apurada. Como disse certa vez, a metástase do cancro da corrupção, dos desmandos, dos malfeitos, da roubalheira é evidente e praticamente irreversível. Temos que confiar em alguns poucos Parlamentares que julgamos não terem sido ainda (esperamos que continuem assim) afetados por essa maldita doença, para agirem como cirurgiões que devem conter e retirar o tecido podre da república. Fico intrigado é com a composição da Presidência e Relatoria da referida CPMI. Só membros do Partido do governo e de sua base aliada. Medo? De que? Como poderemos confiar em uma apuração isenta e justa, sem temores reverencias ou pagamento de dívidas eleitorais, ou favores escusos? Essa composição não significaria a tentativa de blindar o Palácio do Planalto dos respingos da cachoeira, ou a própria cascata caindo por todos os lados das colunas do palácio? E, tudo indica, esse comportamento não é de hoje nem dessa atual administração. É coisa que vem de alguns anos, sob a batuta do “gênio” Lula com a sua total ausência de ética e a sua conduta “ilibada”, que afirmou que caixa dois é comum e faz parte da cultura da nossa política.
Primeiro o Mensalão que até agora está muito bem acobertado pelos Ministros do STF, aliás, quase todos nomeados pelo dito “ético” Lula. Isso coloca em estado grave de desconfiança e segurança jurídica o nosso estado democrático. Não acredito que a Presidente Dilma Rousseff esteja envolvida nessa negociata nacionalizada, mas também não acredito que ela não saiba de nada nem que não tenha tido alguma participação ou tenha recebido, de modo indireto, alguma ajuda de campanha, de empreiteiras, como a Delta e outras Empresas, regadas por águas da mesma cachoeira.
É importante que façamos a nossa faxina por inteiro, por intermédio dos políticos de bem que “teimam” em se manter íntegros, sem poupar quem quer que seja. É importante também a efetiva participação da imprensa livre, honesta e que não tenha vendido a sua credibilidade na troca de concessões ou pela venda de tempo e espaço em seus veículos. Nós somos os verdadeiros donos da nação e como tais, devemos nos posicionar para, não só cobrar, mas se necessário for, partirmos para uma ação mais contundente em defesa dos nossos interesses legítimos. Só pra pontuar, em todos os estados tem, não só cachoeira, como quedas d’água, cascata, minas e outras maneiras vis de roubo da verba pública. Faremos mais inconfidências em outra ocasião, mostrando as águas sujas e seus sujeitos cancerosos morais em cada ou em alguns estados.

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