quarta-feira, 30 de novembro de 2011

EDITORIAL


Estamos chegando ao fim de mais um ano, de vida, de luta, de alegria, de decepção, de esperança, de paciência, bem como ao fim do primeiro ano do mandato da Presidente Dilma. Pensando bem, não temos muita coisa a comemorar, senão ameaças de melhora. Por exemplo, a Presidente ameaçou uma faxina, mas parou sem muita cerimônia. Talvez ela esteja seguindo o conselho de seu antecessor, que acha  que um a mudança muito brusca nessa corrupção arraigada há mais de 500 anos, requer um pouco mais de cuidado. Aliás, essa posição também é compartilhada pelo ex- presidente Fernando Henrique Cardoso. Estive analisando e acredito que isso pode ser realmente, com o mesmo princípio de: “ quem nunca comeu melado, quando come se lambuza.”
Essa quebra de paradigma comportamental de forma abrupta, pode mesmo causar cortes profundos e de grande risco à governabilidade. Não vão pensando que eu me converti  à política do: É dando que se recebe. Não é isso. Mas imaginem  a extirpação de um câncer , já em metástase,. Isso é de um risco incalculável.  Isso não quer dizer, em absoluto, que devemos parar com a operação faxina. Vamos continuar a limpeza, de forma que não arranquemos a parte saudável, pouca é verdade, mas que ainda tem nesse tecido da administração pública. Creio que a faxina deve ser setorizada, embora o câncer  da corrupção esteja alastrado por todo  o corpo.  O mais importante dessa iniciativa, é que se leve até as últimas conseqüências, o resultado das investigações dos malfeitos. Quer dizer, roubou, foi provado, então que o ladrão, ou ladrões (corrupto e corruptor) sejam presos e o dinheiro público roubado seja devolvido ao povo, seu verdadeiro dono. Isso tem que ser uma condição “sine qua non” para que recuperemos a moral perdida desde a carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal em 1500.
O ano está findando e o balanço da política pública da administração federal, como disse, é frustrante. Além da pirotecnia da faxina iniciada e parada por estratégia, nada mais sobra para que comemoremos alguma coisa boa. Alguns dirão que estamos num mar de desenvolvimento, de melhora na qualidade de vida, na distribuição de renda, no aumento da produção, etc. quando no resto do mundo,  a crise bate à porta de países pré-falidos e em convulsão social. Essa condição do Brasil, ainda é o resultado da manutenção da política econômico/financeira que estava sendo aplicada no Brasil há algum tempo, desde a criação do real, o freio da inflação e dos cortes feitos pelos governos anteriores. De toda forma, se  a atual administração continuar a manutenção dessa política, com um pouco mais de ousadia, como a baixa dos juros e a diminuição dos impostos, quem sabe, no fim de 2012 possamos comemorar, de fato, o fim de um ano de alegria e prosperidade. O caminho está desenhado. O que precisa é que as autoridades coloquem o interesse público, à frente dos interesses privados, grupais, partidários e de quadrilhas. Assim poderemos comemorar efetivamente um ano de desenvolvimento  econômico com  uma paz social mais consistente.
De toda forma, sempre é bom desejar e trabalhar para  que tenhamos  um FELIZ ANO NOVO.

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