quinta-feira, 24 de novembro de 2011

EDITORIAL

Enquanto a população se movimenta pra exigir a Reforma Política, assim como fez com o Movimento Ficha Limpa que acabou se transformando em Lei, o Supremo Tribunal Federal, pelo seu Presidente, Ministro Cezar Peluso, acaba de aceitar  o pedido da  Associação de Magistrados  Brasileiros – AMB, para serem retiradas dos processos onde os juízes são pólos passivos, até as iniciais dos processados, num acinte ao povo brasileiro. O mais impressionante, é que o Ministro Cezar Peluso, acatou o pedido corporativista e apagou a última luz da transparência nos julgamentos dos semi-deuses do nosso Judiciário. Conforme eu falei em outra ocasião, creio que não falta muito para que a primavera brasileira ocorra, tal como a primavera dos países árabes. Espero que tenhamos um fim menos trágico que aqueles. Agora, se as autoridades se julgarem muito distante do povo, fica difícil prever e pedir paciência e compreensão ao povo tão sofrido, espezinhado, maltratado e desrespeitado pelas ditas autoridades acima do bem e do mal. O exemplo tem que vir de cima. Não adianta o famoso “sabe com quem está falando?” O povo não engole mais esse tipo de comportamento. Senhores Ministros e Magistrados, vocês conhecem a história mundial. Sabem muito bem as reações do povo na Revolução Francesa. Por favor, deixem de priorizar seus interesses pessoais, e  passem a cuidar do interesse público, como missão assumida quando de suas posses como julgadores do comportamento social. Não deixem que a toga lhes turve o bom senso e os faça mesquinhos buscando somente o seu bem estar pessoal. O estado democrático de direito necessita de um Poder Judiciário forte e, acima de tudo, saudável para garantir o direito jurisdicional da população. Mostrem que vocês são a peça de esperança que o povo aguarda e confia. Abra mão, não só do sigilo bancário, mas do sigilo fiscal, pois é aí que se pode avaliar a compatibilidade de seus ganhos com o patrimônio amealhado com o seu trabalho honesto. Quem não deve não teme. Vocês não podem acobertar meia dúzia de maus juízes, em detrimento da imensa maioria de homens probos e justos. Esse espírito de corpo utilizado dessa maneira, está mais para espírito de porco, onde a minoria vil e canalha,  enxovalha a reputação de uma categoria que tem história de excelentes serviços prestados ao país. Ministro Cesar Peluso, o senhor como presidente da mais alta Corte do país e também do Conselho Nacional de Justiça, tem que dar o exemplo, acatando o enunciado do Art. 5º da Constituição Federal e fazendo cumprir o que a Carta Magna delibera: “TODOS SOMOS IGUAIS PERANTE A LEI.” Nós não queremos mais que a isonomia no tratamento legal da cidadania, sem privilégios e sem retaliações. Todo o povo brasileiro acredita  que não é pedir muito, quando se pede para que se cumpra a lei, principalmente por parte daqueles que, por força do ofício, tem a obrigação de fazê-lo. “Ius novit curia”. Assim esperamos que seja, para o bem geral da nação

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