quinta-feira, 17 de maio de 2012

EDITORIAL


A postura ambígua dos partidos coadjuvantes ou comparsas do PT da Presidente do Brasil, chega a ser ridícula, senão imoral. Vamos ver por exemplo, o PMDB, que tem o vice Presidente da República, num acordo fechado para as eleições que colocaram a Presidente Dilma no Planalto. Esse Partido que já foi um baluarte da dignidade e da resistência, hoje se prostra de quatro, como um cordeirinho pronto para o abate. Depois, usa de alguns casos mais ou menos isolados para cobrar postura e ação do Governo Federal. Eu pergunto: ele, o PMDB não é o próprio Governo Federal? Por que não faz ao invés de cobrar ações, fazendo média com a população? Por que não faz pressão em cima dos Ministérios cobrando execução de obras e resultados positivos para o povo? Por que ficar se fingindo de oposição sendo o mais capacho dos capachos para o PT?
Real e definitivamente, o PMDB perdeu a sua identidade, sua vocação para a democracia e sua bandeira de honestidade, juntando-se aos demais, para continuar mamando nas tetas da vaca governamental. Em cada município desse país, o referido partido terá candidato próprio à Prefeitura, ou na pior das hipóteses, fará coligação com algum partido aliado da “base” do governo Federal. Ou seja, continuará de cabeça baixa, lambendo as botas dos corsários chefes de hoje, para poder  permanecer mamando nas tetas das burras governamentais. Estou falando do PMDB, porque ele é tido como o maior partido do país. Imaginem se não fosse. Não só ficaria como está, de quatro e andaria de quatro balançando a sineta da liderança, tentando levar a manada para onde seus interesses determinam. Os outros partido, ditos da base eu nem comento, pois a desfaçatez é tamanha que atinge às raias da prostituição. Eu, particularmente me envergonho de ter sido um dos participantes da fundação do antigo MDB, hoje o subserviente PMDB, sem bandeira, sem ideais e sem vergonha. Entretanto não me envergonho de ter lutado para a implantação da democracia em nosso país, como muito me orgulho de ter deixado o partido quando esse se desmoronou moral, política e organicamente. Permaneço na luta pela democracia, tendo como bandeira a liberdade e como patrimônio maior, a credibilidade de uma vida íntegra tanto na política como na  sociedade. De cima dessa base moral, me permito o direito de falar e lamentar por pessoas de bem que ainda não se deram conta do grande erro que estão cometendo, permanecendo nessa nave de corsários pagos pela coroa, para que assaltem o povo em nome de um poder podre e corrompido, mas que acreditamos que ainda tenha jeito ou forma de recuperação. É por isso que eu acredito na juventude que se apresenta como voluntária nessa luta em prol da população, com ideais vivos, fortes e honestos, participando dessas e de outras eleições que virão, espero que, com mais propostas e menos agressões.
Partidos que consideram eleições como uma guerra, não podem ter boas intenções pelo poder. Temos que clarear a idéia dos mais jovens, dizendo que eleições são o método mais democrático de buscarmos a administração por meio do voto direto, para ver nas mãos do povo o que lhe é de direito. Eleição é uma disputa saudável, onde as idéias são discutidas e avaliadas. Guerra, é o poder a qualquer preço. E quem acha que pelo poder vale tudo, esses, certamente não valem nada!
Pobre PMDB chafurdando hoje com seus iguais, que já foram seus desafetos de bandeira e de bancada. Quem diria!!!

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